Notas etnográficas sobre a humanização em saúde: Corpo e mediação

Revista ANTHROPOLÓGICAS

Endereço:
AV. Prof. Moraes Rêgo, 1.235. 13° andar Cidade Universitária
Recife / PE
50.670-901
Site: http://www.revista.ufpe.br/revistaanthropologicas/index.php/revista
Telefone: 81 2126-8286
ISSN: 15167372
Editor Chefe: Renato Monteiro Athias
Início Publicação: 31/12/1995
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Antropologia

Notas etnográficas sobre a humanização em saúde: Corpo e mediação

Ano: 2011 | Volume: 22 | Número: 2
Autores: Cristina Dias da Silva
Autor Correspondente: C. D. S. | [email protected]

Palavras-chave: humanização; corpo; mediação; etnografia

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo apresenta e discute dados etnográficos em torno de um projeto de humanização em saúde, a partir do cotidiano de dois fisioterapeutas e coordenadores das novas práticas terapêuticas. Inspirados no debate francês sobre o estatuto do corpo nas for-mações disciplinares biomédicas, a fenomenologia da percepção de Merleau-Ponty era o ponto de partida para realizar uma crítica construtiva das interações face a face entre profissionais de saúde e pacientes. Parte de um movimento mais abrangente, designado genericamente como ‘humanização em saúde’, o grupo possuía um ponto de convergência com outros: a reincidente oposição às práticas biomédicas como se fossem práticas, a priori, desumani-zadas. Partindo desta discussão mais ampla, o artigo busca com-preender a relação entre corpo e mediação sustentada pelo grupo estudado como elemento central de seu projeto de humanização.



Resumo Inglês:

This paper discusses data from ethnographic fieldwork around a
project of humanization in healthcare assistance, from daily life of
two physical therapists and coordinators of the new therapeutic
assistance. Inspired by the French debate on the status of the
body in biomedical disciplinary backgrounds, the phenomenology
of perception of Merleau-Ponty was a starting point for a
constructive criticism over biomedical body conception, and for
reformulating face-to-face interactions between healthcare professionals
and patients. Part of a larger movement, known generically
as ‘humanization in healthcare’, the group had a fundamental
point of convergence with others: the recurrent opposition
to biomedical practices as if it were, a priori, dehumanized practices.
From this broader discussion, this article seeks to deepen the
relationship between body and mediation as a central thought to
the project of humanization supported by the studied group.