Esta escritura configura-se como desdobramento de um estudo ao nÃvel de mestrado em que buscamos cartografar os modos como professores do ensino médio da rede estadual de ensino da grande Florianópolis, que não estão integrados aos domÃnios do corpo e da masculinidade culturalmente hegemônicos, constroem para si uma corporeidade masculina hÃbrida: fora do lugar comum. Enfatizamos o processo de fabricação da corporeidade-masculinidade-marginal e sua Ãntima vinculação com as vicissitudes da atuação docente. Utilizamos excertos de narrativas de alguns professores, obtidas por meio de entrevistas, para discutir o complexo imbricamento entre as relações afetivas da/na docência e a criação de linhas de fuga que delineiam corpos e masculinidades provisórios, irregulares, profanos e em perpétuo vir-a-ser: “artistagem de siâ€. A relação pedagógica e seus desdobramentos é aqui pensada como um espaço potencializador da produção de heterotopias, jogos de forças criadoras, que reunem combinações aleatórias e instaura modos de ser-estar no mundo, isto é, novas estéticas da existência.