A discussão a seguir pretende supor um conceito do self, quando considerado como uma qualidade elaborada pelo atuante cênico, em performances cênicas. Sem prever que o self do atuante sofre uma mutação para uma outra e diferente instância do si-mesmo, este artigo defende a existência de certas propriedades de um modo operativo do self, quando no desempenho cênico. Esse modo constitui-se e é retroalimentado pela sua operacionalidade mesma, sem se tornar algo diverso supostamente incorporado pelo atuante. Por ser um estado apreendido, o alcance do estado do self, em seu modo operacional, advoga a relevância empírica de sua aquisição técnica, alicerçada na execução de ações orgânicas, durante a atuação cênica.
The following discussion intends to argue a concept of self, when it is considered a quality elaborated by the scenic actant, into scenic performances. Without stipulating that the self mutates to another and different self, this article argues for the existence of certain properties of an operating mode of the self, while on scene. This mode is composed and fed back by its operability itself, without becoming something supposedly incorporated by the actant. By being a technical challenge, the achievement of such state of self, in its operational mode, advocates the empirical relevance of its acquisition through technical means, based on the enforcement of organic actions during the scenic performance.