A ocupação do solo e o estabelecimento de novas territorialidades sempre foram elementos de disputas em que se destacam as lógicas coloniais perpetuadas através das desigualdades de direitos e da imposição de uma lógica de commoditização da terra. Neste trabalho, a partir da experiência do Projeto Nova Cartografia Social no Nordeste brasileiro, discutiremos tanto aspectos metodológicos das pesquisas, que tiveram como ponto fulcral a elaboração de mapas no contexto etnográfico e suas implicações para diferentes esferas do exercício do poder; quanto as disputas vivenciadas por comunidades urbanas e rurais no nordeste do Brasil contemporâneo pautadas no entendimento de que isso possibilita um processo reflexivo nos próprios grupos sociais envolvidos. As pesquisas têm como experiência as potencialidades e disputas políticas territoriais na comunidade quilombola de Conceição das Crioulas-PE, no Povo indígena Xukuru do Ororubá-PE e Tapuias da Lagoa de Tapará-RN, e as e disputas urbanas no bairro de Santo Amaro, Recife/PE.