As novas lógicas de fortificação residencial nas periferias metropolitanas de Belo Horizonte: quais impactos sobre a segregação social?

urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana

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ISSN: 21753369
Editor Chefe: Rodrigo José Firmino, Harry Alberto Bollmann e Tomás Antonio Moreira
Início Publicação: 31/12/2008
Periodicidade: Semestral

As novas lógicas de fortificação residencial nas periferias metropolitanas de Belo Horizonte: quais impactos sobre a segregação social?

Ano: 2015 | Volume: 7 | Número: 2
Autores: E. D. V. Cerqueira
Autor Correspondente: E. D. V. Cerqueira | [email protected]

Palavras-chave: segregação socioespacial, securização, expansão urbana, fortificação residencial

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Nos últimos anos, o processo de metropolização tem sido articulado à acentuação das desigualdades
socioeconômicas e à consequente difusão de práticas securitárias sob a forma de muros, grades, câmeras
de segurança, entre outros. Assim, em diversas metrópoles latino-americanas a expansão urbana tem sido
acompanhada pela produção de novos produtos residenciais caracterizados pela fortificação residencial
e pela criação de espaços privatizados. O presente artigo tem por objetivo evidenciar os impactos das
novas formas de fortificação residencial sobre a segregação socioespacial na Região Metropolitana de Belo
Horizonte. Primeiramente, um levantamento bibliográfico permite abordar as principais discussões recentes
acerca da disseminação das práticas securitárias no espaço urbano. Em seguida, uma análise quantitativa
permite demonstrar que a produção de novos produtos imobiliários fortificados intensifica a segregação
socioespacial na escala local. A análise de três categorias de produtos residenciais assinala que a expansão
social e espacial do mercado imobiliário engendra dissimilaridades socioeconômicas associadas à presença
de empreendimentos residenciais fortificados, definindo territórios mais homogêneos e segregados.



Resumo Inglês:

In recent years, metropolitan growth has been associated with the increase of social inequalities and the
diffusion of security practices such as surveillance cameras, gates and fences. In several cities of Latin America,
urban sprawl is deeply connected to the rise of new gated developments, which are marked by residential
fortification and the privatization of public spaces. This paper aims at assessing the impact of new forms of
residential fortification on social patterns in the metropolitan peripheries of Belo Horizonte. First, a literature
review highlights recent debates on the dissemination of securitization features in urban spaces. Second, a
quantitative analysis demonstrates that the recent production of secured residential complexes ultimately
aggravates segregation. The analysis of three main types of gated developments emphasizes that the social
and spatial expansion of the suburban housing market produces socioeconomic dissimilarities that are found
to be associated with residential enclosure, thus defining more homogeneous and segregated territories.