O presente trabalho tem por objetivo fazer uma retrospectiva do Serviço Social à luz da sua contextualização histórica, fazendo menção aos fatos importantes que marcaram esta profissão, com a finalidade de abordar, nos dias atuais, a sua inserção no PSF – Programa Saúde da Família. O Serviço Social tem sua origem ligada à filantropia e à caridade cristã, num período em que a Igreja, o Estado e a burguesia estavam unidos para atender seus interesses e consolidar a expansão do modo de produção capitalista. Daí a atuação profissional do assistente social emergir para servir aos preceitos da sociedade dominante e seu processo de intervenção profissional orientado para produzir e reproduzir as ideologias dessa parcela dominante da sociedade. É nesse contexto que o Serviço Social, ao longo de sua história aparece com ponto fulcral das políticas sociais, isto é, ligado a uma estratégia de trabalho que sempre visou a atender aos interesses da classe dominante. No entanto, com a ruptura com os laços conservadores, o assistente social pode acompanhar a aceleração dessas políticas sociais e propor uma nova dinâmica de enfrentar as problemáticas sociais. A metodologia usada na pesquisa usou como ferramenta a pesquisa bibliográfica, usando fontes diversas como livros, revistas, periódicos e internet. Os resultados apontam para uma profissão historicamente situada, modificando sua forma de ver e intervir na sociedade conforme as mudanças nas esferas econômica, política, social, cultural. Conclui-se, nesse sentido, que esse profissional precisa romper com as amarras do capitalismo para deixar de lado o aspecto filantrópico e caritativo ligado à profissão, para que possa atuar numa dimensão educativa, esclarecedora e mediadora dos processos de construção da vida em sociedade.
This paper aims to make a retrospective of the Social Work in light of its historical contextualization, mentioning the important facts that marked this profession, with the purpose of addressing, nowadays, its insertion in the PSF - Family Health Program. Social work has its origin in philanthropy and Christian charity, at a time when the church, state and bourgeoisie were united to meet their interests and consolidate the expansion of the capitalist mode of production. Hence the professional performance of the social worker emerges to serve the precepts of the dominant society and its process of professional intervention oriented to produce and reproduce the ideologies of this dominant portion of society. It is in this context that Social Work, throughout its history appears as the focal point of social policies, that is, linked to a work strategy that always aimed to meet the interests of the ruling class. However, with the break with conservative ties, the social worker can follow the acceleration of these social policies and propose a new dynamics of facing social problems. The methodology used in the research used bibliographic research as a tool, using diverse sources such as books, magazines, journals and internet. The results point to a historically situated profession, changing its way of seeing and intervening in society as changes in the economic, political, social and cultural spheres. In this sense, it is concluded that this professional needs to break with the chains of capitalism in order to set aside the charitable and charitable aspect linked to the profession, so that it can act in an educational, enlightening and mediating dimension of the processes of life-building in society.