A Teoria da Ação Comunicativa, de Júrgen Habermas, é um valioso instrumental teórico para a análise da nova ordem de acontecimentos que emerge no mundo contemporâneo. Suas ambiciosas propostas analíticas vêm acompanhadas de um modelo de democracia radical que contempla a constituição da esfera pública política sobre novas bases, dinamizada por novos mecanismos e orientada para diferentes fins. O objetivo deste artigo é pensar como esse modelo habermasiano, enriquecido pelas contribuições de Andrew Arato e Jean Cohen sobre a teoria da sociedade civil, pode ser aplicado para o estudo dos novos movimentos sociais envolvidos na construção de tal modelo de democracia radical.