Partindo de uma hipótese que admite que a pandemia da Covid-19 gerou não somente um novo modo de produção teatral, mas também uma “nova arte”, o presente texto reflete sobre as possibilidades técnicas e estéticas geradas para o teatro de formas animadas pelas plataformas de transmissão de espetáculos online. Se, por um lado, notaremos que essa “nova arte” reafirma elementos da prática e da estética teatral tradicional, por outro, ela contém elementos instigantes, referentes, sobretudo, ao uso do espaço. Para desenvolver essa análise, tomarei como base de discussão o espetáculo Crescer pra passarinho, produzido pelo Coletivo Performers sem Fronteiras em 2020.