Poder, Informação, Segurança, Democracia e Desenvolvimento apresentam-se, no século XXI, como problemas de renovada e maximizada relevância. Não podemos afirmar que as Novas Tecnologias de Informação e Comunicação, doravante designadas pelo acrónimo NTIC, são um factor e ou um instrumento “novo” em si mesmo – uma vez que a sua relevância parece ter sido assumida nos anos ’80 do século XX quando, associado ao seu boom, surge o projecto de criação, sob iniciativa da UNESCO (organização cultural da Organização das Nações Unidas [ONU]), de criação de uma Nova Ordem Mundial da Informação (NOMIC). Mas parece ser aceite como inquestionável que, no momento presente, a extensão da sua utilização, aplicação e potencial fazem parte de uma realidade que resulta da respectiva inclusão, efectiva, em fórmulas de complexidade e alcance que são significativamente distintas do simples uso técnico-funcional que, na génese, lhes foram “atribuídas”. Basta pensar na sua aplicação não apenas em presença do actor Estado mas, também e não menos importante, ao nível do actor indivíduo...Hoje, os briquedos das “nossas” crianças são tecnológicos, e a acção tem lugar no mundo virtual que, progressivamente, substitui o real. Os companheiros de brincadeiras são cada vez menos de “carne e osso”, sendo substituídos por heróis que foram transportados das revistas de banda desenhada e outras histórias de ficção para o ciberespaço...