O decênio 1925-1936 será a fase mais conturbada e complexa na experiência artística e existencial de Pirandello: o dramaturgo se envolve com os problemas concretos do fazer teatral, questiona a própria poética que o atormentou a vida inteira e, principalmente, mantém com a jovem atriz Marta Abba uma ambígua relação pessoal e artística. Escassamente discutida, se comparada ao número de estudos da fase imediatamente anterior, esta dramaturgia tardia ir testemunhar uma grande explosão de contribuições críticas, na Itália, a partir de 1995 (ano de publicação do epistolário Pirandello-Abba). Mas, no Brasil, sua gênese ainda permanece substancialmente desconhecida.