O “corpo” do jornal e o sujeito urbano: jornalismo e novas tecnologias

Signo

Endereço:
Av. Independência, 2293
Santa Cruz do Sul / RS
Site: http://online.unisc.br/seer/index.php/signo
Telefone: (51) 3717-7322
ISSN: 19822014
Editor Chefe: NULL
Início Publicação: 31/12/1974
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Letras

O “corpo” do jornal e o sujeito urbano: jornalismo e novas tecnologias

Ano: 2011 | Volume: 36 | Número: 61
Autores: Telma Domingues da Silva
Autor Correspondente: T. D. Silva | [email protected]

Palavras-chave: discurso jornalístico, texto jornalístico, sujeito leitor, discurso urbano

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente trabalho é uma reflexão sobre o discurso jornalístico em um
momento de mudança, a partir do advento da tecnologia digital. Essa tecnologia
age na identificação de jornalistas e leitores em relação a “o que é o jornal”. A
análise da enunciação em torno desse momento no meio jornalístico aponta para
um jornal que acaba e um jornal que fica: ou seja, a designação jornal mantém-se
em referência a um conjunto determinado de textos em que se destacam as
“notícias”, embora a materialidade digital faça (d)esse objeto (um) outro. A análise
dessa enunciação e do acontecimento da tecnologia digital na prática jornalística
se faz através da metodologia da análise de discurso, com os conceitos de
formações imaginárias e interdiscurso, de Pêcheux (1988), bem como da
distinção proposta por Orlandi (2001) entre constituição, formulação e circulação
do discurso. Verificou-se, com esta análise, que na transferência do sentido de
jornal para a materialidade digital funciona a produção de uma identidade
corporativa – mais exatamente, o reforço da identidade corporativa que já
funciona – sobre esse corpo enquanto imagem (imaginário), que se marca
graficamente.



Resumo Inglês:

Ce travail est une réflexion sur le discours journalistique à un moment de
changement, à partir de l’avènement de la technologie numérique. Cette
technologie fonctionne dans l’identification des journalistes et des lecteurs par
rapport à «ce qui est le journal». L’analyse de l’énonciation au tour de ce moment
dans le moyen journalistique observe un journal qui termine et un journal que
reste: c’est-à-dire, la désignation ‘journal’ s’est maintenue en référence à un
ensemble déterminé des textes où les notices sont démarqués, bien que la
matérialité numérique fasse (de) ce objet un autre. L’analyse de cette énonciation
et de l’événement de la technologie numérique dans la pratique journalistique est
fait à travers la méthodologie de l’analyse du discours, avec les concepts de
formation imaginaires et interdiscours, de M. Pêcheux, ainsi que la distinction
proposée para Orlandi (2001) entre constitution, formulation et circulation du
discours. On a vérifié, avec cette analyse, que dans la transfert du sens de journal
à la matérialité numérique fonctionne: la production d’une identité corporative –
plus exactement, le renforcement de l’identité corporative qui fonctionne déjà – sur
ce corps comme image (imaginaire), qui s’est marqué graphiquement.