O “eu penso” e o método da Dedução transcendental

Kant e-prints

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ISSN: 1677-163X
Editor Chefe: Daniel Omar Perez
Início Publicação: 01/01/2002
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

O “eu penso” e o método da Dedução transcendental

Ano: 2017 | Volume: 12 | Número: 2
Autores: P. C. Rego
Autor Correspondente: P. C. Rego | [email protected]

Palavras-chave: dedução transcendental, autoconsciência, conhecimento objetivo.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O estudo que este artigo parcialmente apresenta está dividido em duas seções, uma objetiva e uma metodológica, que acompanham uma análise sintático-semântica da frase inaugural do §16 da Crítica da Razão Pura(1787): “O eu pensotem que poder acompanhar todas as minhas representações”, e sua subsequente explicação. Dedico-me aqui apenas à segunda delas. Trata-se de uma análise do sujeitodessa proposição, que aponta para a relevância metodológica do eu pensocomo enunciado reflexivo, que é mais que uma meraligação espontânea de um diverso intuitivo e menos do que a aplicação da unidade objetiva da apercepção em juízos de experiência. Defendo que apenas nessa acepção o eu pensopode ser capaz de patrocinar a passagem da consciência empírica de um diverso, que Kant chama de unidade subjetiva da apercepção, para a certeza da possibilidade de um conhecimento objetivo.



Resumo Inglês:

The study that this paper partly presents is divided into two sections, one objective and one methodological, that follow a syntactic-semantic analysis of the inaugural thesis of section 16 of the Critique of Pure Reason(1787): “The I think must be able to accompany all my representations”, and its subsequent explanation. Here I focus only on the second one. It consists in an analysis of the grammatical subject of this proposition that stresses the methodological relevance of the I think as a reflexive judgment, which is more than a mere spontaneous connection of an intuitive manifold and less than the deployment of the objective unity of apperception in judgments of experience. I shall argue that only so understood is the I think able guarantee the logicalinference from the empirical consciousness of a manifold, named by Kant “subjective unity of apperception”, towards the certainty of the possibility of objective knowledge.