O “NÃO” À MORTE OFERECE O “SIM” À OBSTINAÇÃO TERAPÊUTICA?

Revista de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria - REUFSM

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ISSN: 21797692
Editor Chefe: Cristiane Cardoso de Paula
Início Publicação: 31/12/2010
Periodicidade: Irregular
Área de Estudo: Enfermagem

O “NÃO” À MORTE OFERECE O “SIM” À OBSTINAÇÃO TERAPÊUTICA?

Ano: 2012 | Volume: 2 | Número: 2
Autores: Karla Cristiane Oliveira Silva, Elisabeta Albertina Nietshe, Stefanie Griebeler Oliveira, Alberto Manuel Quintana, Silomar Ilh
Autor Correspondente: Karla Cristiane Oliveira Silva | [email protected]

Palavras-chave: futilidade médica, tanatologia, bioética, profissional de saúde

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Objetivo: este artigo busca discutir a negação à morte e a prática da obstinação terapêutica. Método: foram desenvolvidas duas categorias reflexivas, sendo a primeira a cultura de negação à morte, e a segunda, a tecnologia no “afastamento” da morte. Resultados: na primeira foram descritos aspectos psicosocioculturais que abarcam os significados da finitude humana e possíveis ações que poderiam esconder o fim da vida do cotidiano das pessoas. A segunda discorre sobre definições da obstinação terapêutica, questões bioéticas sobre o tema e as formas de profissionais e familiares conduzirem esta prática. Considerações finais: o “não” à morte pode favorecer a obstinação terapêutica e, enquanto permanecer a cultura de negação à morte e a utilização abusiva da tecnologia para estender a vida, o desafio de consolidar ações mais humanitárias nas práticas de saúde será ainda maior.



Resumo Inglês:

Objective: this article aims at discussing the denial of death and the therapeutic obstination practice. Methods: two reflexive categories were developed. The first one was the culture of denial of death, and the second one was the technology to “put death away”. Results: in the first category, psycho-socio-cultural aspects were described, approaching the meanings of the human finitude, and possible actions that could occult the end of life from the routine of people. The second one concerns definitions of therapeutic obstination, bioethical questions that approach such matter, and professional and family interventions for the development of such practice. Conclusion: the “no” to death may favor therapeutic obstination, and, while the culture of denying death and the abusive use of technology regarding extending life remain, the challenge to pursue more humanitarian actions considering health practices will be even greater.



Resumo Espanhol:

Objetivo: este artículo busca discutir la negación a la muerte e la práctica de la obstinación terapéutica. Método: fueron desarrolladas dos categorías reflexivas, siendo la primera la cultura de negación a la muerte y la segunda, la tecnología en el “alejamiento” de la muerte. Resultados: en la primera fueron descriptos aspectos psicosocioculturales que abarcan los significados de la finitud humana y posibles acciones que podrían esconder el fin de la vida del cotidiano de las personas. La segunda discurre sobre definiciones de la obstinación terapéutica, cuestiones bioéticas sobre el tema y las formas de profesionales y familiares conducir esa práctica. Consideraciones finales: el “no” a la muerte puede favorecer la obstinación terapéutica y mientras permanezca la cultura de la negación a la muerte y la utilización abusiva de la tecnología para extender la vida, el desafío de consolidar acciones más humanitarias en las prácticas de salud será todavía mayor.