O abrigo e o exílio de Sá-Carneiro

Anuário De Literatura

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Pós-Graduação em Literatura - Centro de Comunicação e Expressão - Campus Universitário - Trindade - Florianópolis
Florianópolis / SC
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ISSN: 21757917
Editor Chefe: NULL
Início Publicação: 30/11/1993
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Letras

O abrigo e o exílio de Sá-Carneiro

Ano: 2016 | Volume: 21 | Número: 2
Autores: Caio Márcio Poletti Lui Gagliardi
Autor Correspondente: Anuário de Literatura | [email protected]

Palavras-chave: mário de sá-carneiro, antónio nobre, exílio, paris

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Resumo Português:

Paris é um espaço-chave na poesia de Sá-Carneiro, não apenas por boa parte de seus poemas ter sido produzida ali, mas como realidade simbólica. Este artigo busca refletir a respeito do papel simbólico representado por Paris na obra do poeta Mário de Sá-Carneiro, tomando por base a análise do poema “Abrigo” (1915), sua abordagem comparativa com o poema “Memória”, do poeta português António Nobre, e com a correspondência que o escritor estabeleceu com o amigo e colega de geração Fernando Pessoa. Transfigurada pela linguagem, Paris é aqui enfocada como espaço de identificação e de alteridade: ao mesmo tempo abrigo dos afetos represados num passado perdido e exílio interior num presente imaginário. Essa cidade de sonho, profusamente retratada tanto na correspondência quanto na literatura do autor, contrasta com uma realidade histórica grave e urgente. O poeta admite, afinal, que a sua Paris é um espaço de linguagem, produto de sua nostalgia imaginativa.