Este artigo analisa a percepção dos moradores do Acampamento Coragem, em relação aos impactos sofridos com a instalação da Usina Hidrelétrica de Estreito (MA). Busca evidenciar a visão dos ribeirinhos em relação aos impactos socioespaciais dos empreendimentos, considerando os conflitos ocasionados com a instalação da barragem na comunidade. Explora a compreensão das formas de organização social e política dentro de um acampamento, assim como identifica os problemas enfrentados pelas famílias atingidas durante a implantação da usina e após sua construção. A pesquisa é de natureza qualitativa, com observação participante e aplicação de entrevistas semiestruturadas. Os resultados apontaram que o sistema capitalista tem reproduzido as desigualdades sociais em nossa sociedade. Este trabalho contribui para a reflexão acerca das diferentes análises sobre as formas de desenvolvimento reproduzidas pelo Estado, como a ressignificação sobre territórios e seus processos de migração.