O altermundialismo no campo das lutas contra-hegemônicas: a tensão em torno do projeto político social

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ISSN: 2595-315X
Editor Chefe: Maria Caroline Marmerolli Tresoldi
Início Publicação: 23/09/2020
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

O altermundialismo no campo das lutas contra-hegemônicas: a tensão em torno do projeto político social

Ano: 2015 | Volume: 23 | Número: 45
Autores: Arias, Santiane
Autor Correspondente: Santiane Arias | [email protected]

Palavras-chave: Altermundialismo, Fórum social mundial, Lutas sociais

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Ao longo da segunda metade dos anos 1990 surgiram em diversos países sedes dos encontros das organizações multilaterais, tais como a OMC, o FMI e o Banco Mundial, manifestações de oposição às políticas neoliberais, resultando no início de um novo movimento autodenominado altermundialista. Das marchas de protestos cada vez mais constantes nasceu o projeto do Fórum Social Mundial (2001). Considerado por seus entusiastas como o novo protagonista da esquerda do século XXI, esse movimento, não obstante proclame a necessidade de construção de um outro mundo, alega diferenciar-se na sua forma de ação, organização e projeto de transformação da chamada esquerda tradicional. É nesse sentido que o altermundialismo é apresentado por parte da literatura como um movimento plural e não hierárquico no qual encontrar-se-iam reunidos diferentes grupos sociais em nome de questões amplas e universais que transcenderiam os limites colocados pelos interesses de uma classe. A prova disso estaria sobretudo na diversidade de suas demandas que incluiriam, além de justiça social, a igualdade de gênero, a liberdade de orientação sexual, a preservação ambiental e a paz mundial. Este artigo propõe-se a discutir o problema da transformação social trazido à tona pelo altermundialismo a partir do Fórum Social Mundial.



Resumo Inglês:

Over the second half of the 1990s emerged in several countries Headquarters meetings of multilateral organizations such as the WTO, the IMF and the World Bank, expressions of opposition to neoliberal policies, resulting in the initiation of a new movement self-appointed alterglobalization. Demonstration protests increasingly constant gave rise to the project of the World Social Forum (2001). Considered by their enthusiasts as the protagonist of the new 21st century left, this movement, despite proclaiming the need to build another world, argues differentiate themselves in the form of action, project organization and transformation of traditional left. In this sense the alterglobalism is presented by part of the literature as a plural and non-hierarchic movement, in which it could be congregate different social groups on behalf of broad and universal issues that would transcend the limits placed by the interests of a class. Proof of this would be especially in diversity of their demands that would include, in addition to social justice, gender equality, freedom of sexual orientation, environmental preservation and world peace. This paper aims to discuss the problem of social transformation brought forth by alterglobalization from the World Social Forum.