Este artigo analisa as propostas de apostolado leigo da Igreja Católica no decorrer do século XX, compreendendo que a ação leiga estava associada à política oficial da instituição. Esta política da Igreja Católica se intensa a partir da metade do século XIX e se constituiu como um dos principais pilares de defesa da instituição na sociedade. O artigo também demonstra as mudanças e permanências na documentação oficial no tocante ao espaço destinado à mulher na instituição. É perceptível que as encíclicas do início do século XX apresentam uma relação hierarquizada entre clero e fiéis, entre os gêneros e gerações. As encíclicas de Pio XII, a partir da década de 1950, apresentam algumas modificações em relação ao apostolado leigo e na atribuição feminina na instituição. Este processo se intensifica com o Concílio Vaticano II (1962- 1965) que pretendia tornar mais horizontais as relações entre clero e laicado.
This article analyzes the proposals of the lay apostolate of the Catholic Church throughout the Twentieth Century, understanding that the lay action was associated with the official policy of the institution. This policy of the Catholic Church intensified in the second half of the Nineteenth Century and became one of the institution’s main pillars of defense in society. The article also shows what changed and what remained in the official documentation concerning the place of women in the institution. The encyclicals of the early Twentieth Century can be said to show a hierarchical relationship between the clergy and the faithful and between genders and generations. The encyclicals of Pope Pius XII, from the 1950s, show some modifications regarding the lay apostolate and the feminine attribution of the institution. This process was intensified by Vatican Council II (1962-1965), which intended to make the relationship between clergy and laity more equal.