A busca de um caminho para se estudar a ficção de Raul Pompéia numa homenagem ao seu centésimo quinquagésimo aniversário, incitou-nos a realizar reflexões sobre o romance O Ateneu, obra ficcional mais conhecida do autor. Nesse prisma, esse artigo tem por escopo discutir as relações de sexualidade e poder presentes na obra, bem como tecer brevemente e de forma recortada a fortuna crítica do romance. Para tanto, recorreremos a estudos críticos feitos por teóricos renomados que versam acerca do tema a ser discutido, sobre a estruturação literária, aspectos históricos, linguísticos e técnicas artísticas utilizadas pelo prosador que inovara sutilmente a sintaxe literária do romance do século XIX. Para a baila, mobilizaremos os críticos Luciana Stegagno-Picchio em História da Literatura Brasileira (2004), Alfredo Bosi em História Concisa da Literatura Brasileira (1994), Afrânio Coutinho com o livro A literatura no Brasil Vol.04 (2004) e Michel Foucault em História da Sexualidade (1988).