Neste pequeno ensaio, falo do surgimento da Bossa Nova durante o período JK e seu fim após o golpe de 64 como pano de fundo para interpretarmos o autoexílio de João Gilberto em sua própria alma, exílio evidenciado pela progressiva transcendência de sua música e por sua invisibilidade pública. Encerro com a questão de como nós, intelectuais, podemos prosseguir nosso trabalho em um mundo que progressivamente nos expele e que repelimos. A resposta que proponho é seguir o exemplo de João e cultivar nossas ideias como ele cultivava sua música: com esmero e devoção, sem nada esperar do mundo exterior.
In this short essay, I speak about the the emergence of Bossa Nova during the JK period and its end after the 64´s coup as a backdrop to interpret João Gilberto's self-exile in his own soul, an exile evidenced by the progressive transcendence of his music and by his public invisibility. In my conclusions I pose the question of how we, intellectuals, can continue our work in a world that progressively expels and repels us. The answer I propose is to cultivate our ideas as he cultivated his music: with care and devotion, without expecting anything from the outside world.