Este artigo procura explicar a mudança no significado do tempo no jornalismo especializado em carros. Para tanto, comparamos duas reportagens de revista, publicadas em 1990 e 2003, e utilizamos o referencial teórico de Augé, Bauman, Rovelli e Whitrow. Adotamos como procedimento metodológico uma pesquisa empírica com utilizadores de automóveis em 2020 para concluir que o carro, ao contrário de 1990, muitas vezes significa “perda de tempo” no deslocamento, fenômeno que já havia sido identificado em parte na reportagem de 2003. A ressignificação do tempo é um dos dilemas que se impõem ao chamado jornalismo automotivo.
This article seeks to explain the change in the meaning of time in specialized car journalism. For this purpose, we compared two magazine reports, published in 1990 and 2003, and we have used the theoretical framework of Augé, Bauman, Rovelli and Whitrow. We adopted as a methodological procedure an empirical survey of car users in 2020 to conclude that the car, unlike in 1990, often means “wasted time” in commuting, a phenomenon that had already been partly identified in the 2003 report. The resignification of time is one of the dilemmas that are imposed on the so-called automotive journalism.
Este artículo busca explicar el cambio de significado del tiempo en el periodismo especializado en automóviles. Para ello, comparamos dos informes de revistas, publicados en 1990 y 2003, y utilizamos el marco teórico de Augé, Bauman, Rovelli y Whitrow. Adoptamos como procedimiento metodológico una encuesta empírica de usuarios de automóviles en 2020 para concluir que el coche, a diferencia de 1990, a menudo significa "tiempo perdido" en los desplazamientos, un fenómeno que ya se había identificado en parte en el informe de 2003. La resignificación del tiempo es uno de los dilemas que se imponen al llamado periodismo automotriz.