O presente artigo se propõe a analisar as práticas de criação cênica do Grupo Arkhétypos à luz do Jogo Ritual relacionando-o com o conceito de axis mundi proposto por Mircea Eliade e as teorias do imaginário de Gilbert Durand. Trabalhase com a hipótese de que a experiência do mito manifestada no corpo do ator reorganiza a relação espaço-temporal permitindo ao público um deslocamento da realidade imanente para que se possa alcançar a hierofania. A fim de elucidar a questão desenvolvemos uma breve reflexão a partir dos espetáculos Santa Cruz do Não Sei (2011) e Revoada (2014) e lançamos um olhar crítico frente ao processo de colonização sofrido nas Américas.
This article proposes to analyze the scenic creation practices of the Arkhétypos Group in the light of the Ritual Game, relating it to the concept of axis mundi proposed by Mircea Eliade and the theories of the imaginary of Gilbert Durand.. We work with the hypothesis that the experience of myth manifested in the actor's body reorganizes the spatio-temporal relationship, allowing the public to displace the immanent reality so that hierophany can be achieved. In order to clarify the issue, we developed a brief reflection from the plays Santa Cruz do Não Sei (2011) and Revoada (2014) and we take a critical look at the colonization process suffered in the Americas.