O Banquete é um dos mais conhecidos diálogos de Platão e é onde este filósofo realiza uma reflexão sobre Eros – o amor – a partir de várias perspectivas, em especial a narrativa mítica e a Filosófica. Entretanto, nas análises feitas sob essas duas tradições, Eros se revela como um ser capaz de resgatar a unidade primordial dos deuses, da natureza e dos humanos, impulsionando-os a agirem para criar. Por si só o amor não gera; ele é o elemento fundamental que faz gerar. Assim, posto como um intermediário entre deuses e humanos, o Eros de O Banquete ora se mostra como um deus ora como um semideus (daimónios), mas nunca perde sua característica primordial: possibilitar aos deuses, à physis e aos humanos a capacidade de criar no amor e, por isso, eternizar-se.