A surdez pode ser interpretada como uma privação à ‘’entrada’’ da linguagem oral e ao desenvolvimento cognitivo decorrente da construção linguÃstica, nesse contexto surge a necessidade de adaptação ao meio e a lÃngua de sinais, que apresenta sua forma de recepção vinculada à visão e sua forma de expressão ao uso de gestos apresenta-se como uma conveniente solução. Por outro lado, o desenvolvimento de novas técnicas cientÃficas já permite ao surdo o ingresso ao mundo dos sons e da fala e a negação do progresso do conhecimento tecnológico é um retrocesso, isso quer dizer que a opção ‘’rÃgida’’ pelo uso da lÃngua de sinais pode ser caracterizada como uma atitude desatualizada, ultrapassada. A proposta da educação bilÃngue, ou seja, o uso da lÃngua de sinais e da oralidade para os surdos tem se tornado, através desses atuais avanços tecnológicos, uma forma eficaz de inclusão do deficiente auditivo em todo o seu meio social. No entanto, tal proposta ainda não é devidamente empregada nas instituições educacionais e de saúde pública, já que requer um alto investimento polÃtico econômico. O objetivo desse trabalho é discutir os alcances da proposta bilÃngue e as possÃveis formas de sua implementação na educação e na saúde.