O BLACKFACE NO CARNAVAL BRASILEIRO E A LEGITIMAÇÃO DO RACISMO RECREATIVO

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ISSN: 2674-5968
Editor Chefe: Nedy Bianca Medeiros de Albuquerque
Início Publicação: 31/12/2018
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

O BLACKFACE NO CARNAVAL BRASILEIRO E A LEGITIMAÇÃO DO RACISMO RECREATIVO

Ano: 2020 | Volume: 3 | Número: 1
Autores: A. C. H. Oliveira, K. F. A. Silva
Autor Correspondente: A. C. H. Oliveira | [email protected]

Palavras-chave: Blackface, Carnaval, Racismo Recreativo, Humor Racista.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente trabalho busca abordar o racismo recreativo presente e velado durante o período carnavalesco, incutido no uso de fantasias preconceituosas e “marchinhas” que ofendem a identidade e cultura negra. Tem-se por objetivo identificar práticas racistas, que inviabilizam a identidade negra, introduzidas e constituídas no processo de dominação e hierarquização da sociedade, partindo de um grupo racial em detrimento a outro, a fim de colaborar para a percepção de práticas racistas durante o carnaval. Do ponto de vista metodológico, será realizada uma pesquisa bibliográfica qualitativa em artigos científicos e algumas obras de autores como Pinto (2019), Arantes (2013), Ribeiro (2018) e Moreira (2019). Assim, foi possível trazer o entendimento de que práticas racistas e discriminatórias fazem-se presentes de forma normalizada em uma sociedade que visa manter as engrenagens coloniais, legitimando estereótipos pejorativos, tornando vazia de significados a cultura e identidade negra. Desta forma, conclui-se que é necessária a implementação de medidas que combatam práticas que legitimem o racismo recreativo, sendo imprescindível, ainda, a efetivação de uma educação antirracista que contribua para a articulação de uma sociedade que não perpetue diferenças e preconceitos causadores de humilhações e traumas.



Resumo Francês:

Le présent travail cherche à aborder le racisme récréatif présent et voilé pendant la période du carnaval, inculqué à l'utilisation de fantasmes et de «marchinhas» préjugés qui offensent l'identité et la culture noires. L'objectif est d'identifier les pratiques racistes qui rendent impossible l'identité noire, introduite et constituée dans le processus de domination et de hiérarchie de la société, à partir d'un groupe racial au détriment d'un autre, afin de collaborer à la perception des pratiques racistes pendant le carnaval. D'un point de vue méthodologique, une recherche bibliographique qualitative sera effectuée sur les articles scientifiques et certains travaux d'auteurs tels que Pinto (2019), Arantes (2013), Ribeiro (2018) et Moreira (2019). Ainsi, il a été possible de faire comprendre que les pratiques racistes et discriminatoires sont présentes de manière normalisée dans une société qui vise à maintenir les engrenages coloniaux, légitimant les stéréotypes péjoratifs, rendant la culture et l'identité noires vides de sens. Ainsi, il est conclu qu'il est nécessaire de mettre en œuvre des mesures pour lutter contre les pratiques qui légitiment le racisme récréatif, et il est également essentiel de mettre en œuvre une éducation antiraciste qui contribue à l'articulation d'une société qui ne perpétue pas les différences et les préjugés qui provoquent l'humiliation. et traumatisme.