Desde o século XIX, os haitianos circulam entre diferentes espaços nacionais e transnacionais, notadamente no Caribe, na América do Norte, na América do Sul e na Europa, tradicionalmente em países que constituem a diáspora haitiana como os Estados Unidos, o Canadá, a França, a República Dominica e Cuba. Isto é evidência de que a mobilidade é um fenômeno antigo e estrutural no universo haitiano. Entretanto, a partir de 2010, após o terremoto no Haiti, teve início “um quarto grande fluxo da mobilidade internacional haitiana” (JOSEPH, 2015a, 2017a e 2017b) em direção ao Equador, ao Peru, ao Chile, à Argentina, e sobretudo, ao Brasil.