O presente artigo tem como objetivo analisar a importância do brincar e do brinquedo no contexto da educação infantil, com base em um estudo teórico fundamentado em autores clássicos e contemporâneos da psicologia do desenvolvimento, da pedagogia e das políticas públicas educacionais. Compreendido como linguagem própria da infância, o brincar é tratado neste estudo como prática estruturante da subjetividade, da cognição e da sociabilidade da criança. Parte-se da concepção de que o brincar não é uma atividade complementar ou secundária na educação infantil, mas, sim, um modo legítimo de expressão, construção de conhecimento e desenvolvimento humano. A pesquisa está organizada em três eixos: o primeiro discute o brincar como linguagem da infância, destacando seu papel na constituição simbólica da experiência infantil; o segundo explora o brinquedo como ferramenta pedagógica e promotora do desenvolvimento cognitivo e socioemocional; e o terceiro analisa as diretrizes curriculares e práticas pedagógicas que norteiam a efetivação do brincar na educação infantil brasileira. Fundamentado em autores como Vygotsky, Piaget, Winnicott, Kishimoto, Kramer e Oliveira, o estudo evidencia que, embora o brincar esteja presente nas normativas nacionais como direito e eixo pedagógico, sua efetivação nas práticas escolares ainda encontra entraves, como o adultocentrismo, a formação docente insuficiente e a precariedade de espaços e materiais lúdicos. Conclui-se que valorizar o brincar como eixo da prática pedagógica na educação infantil é reconhecer a criança como sujeito de direitos, de cultura e de aprendizagem, exigindo compromisso ético, sensibilidade pedagógica e políticas públicas que garantam condições adequadas ao pleno desenvolvimento infantil.