O brincar e as relações de gênero entre meninas e meninos na educação infantil desvelados pela linguagem fotográfica

Ano: 2018 | Volume: 6 | Número: 3

Autores: Naire Gomes de Sousa, Ana Paula Vieira e Souza, Norma Cristina Vieira

Palavras-chave: linguagem fotográfica, gênero, brincadeiras, infância

Resumo Português:

Este espaço de discussão objetiva, com o uso da linguagem fotográfica, desvelar as relações de gênero construídas por crianças no tempo das brincadeiras livres no espaço escolar. Com esse enfoque, observamos as crianças no momento “Brincadeira Livre” na Creche Ana Sousa e percebemos como elas estabelecem possíveis relações de gênero durante o brincar e o manuseio de artefatos culturalmente impregnados de sentidos do que é de menina e do que é de menino. A pesquisa foi
desenvolvida com uma Turma de Pré-Escola II, crianças na faixa etária de 04 e 05 anos. O estudo evidencia que a brincadeira é um espaço rico para refletir sobre a equidade de gênero na pré-escola. Por outro lado, revela que para falarmos de igualdade de gênero há de se construir novas perspectivas educacionais no que concerne à educação infantil, uma vez que meninos e meninas, no ensaio etnofotográfico, mostraram-se presas/os a convenções instituídas historicamente na sociedade sobre o
que seja o brincar. Por fim, mostrou-nos um possível caminho à equidade de gênero, assentado na emergência de propostas pedagógicas que busquem mediações possíveis entre as novas perspectivas acerca do tema gênero na educação infantil. Sinalizando, assim, uma educação que possa realmente contribuir para a construção de uma sociedade mais ética e tolerante às diferenças.

Resumo Inglês:

This space of discussion aims, with the use of photographic language, to unveil the gender relations built by children in the time of free play in the school space. With this focus, we observed the children at the moment “Brincadeira Livre” at Creche Ana Sousa and realized how they establish possible gender relations during the play and the handling of artifacts culturally impregnated with the senses of what is a girl and what is a boy. The research was developed with a Pre-School Class II, children between the ages of 04 and 05 years. The study shows that play is a rich space to reflect on gender equity in preschool. On the other hand, it reveals that in order to talk about gender equality, new educational perspectives must be built with regard to early childhood education, since boys and girls, in the ethnophotographic essay, showed themselves to be bound by conventions historically instituted in society about O let it be playing. Finally, it showed us a possible path to gender equity, based on the emergence of pedagogical proposals that seek possible mediations between the new perspectives on the theme of gender in early childhood education. Thus signaling an education that can really contribute to the construction of a more ethical and tolerant society to differences.