O Céu de Suely: Uma Análise Sobre as Estéticas de Estado Na Violência Policial Contra Prostitutas

REVISTA DE CIÊNCIAS DO ESTADO - REVICE

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ISSN: 25258036
Editor Chefe: Lucas Antônio Nogueira Rodrigues
Início Publicação: 31/05/2016
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: História, Área de Estudo: Direito, Área de Estudo: Serviço social, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

O Céu de Suely: Uma Análise Sobre as Estéticas de Estado Na Violência Policial Contra Prostitutas

Ano: 2018 | Volume: 3 | Número: 2
Autores: Breno Marques de Mello, Samara Monteiro dos Santos
Autor Correspondente: Breno Marques de Mello | [email protected]

Palavras-chave: discursividades de estado, gênero e sexualidade, prostituição, violência policial

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente trabalho tematiza as discursividades de Estado, tramadas em gênero e sexualidade sobre a prostituição. A performatividade em gênero e sexualidade orientaram os esforços analíticos sobre os casos narrados. Os estupros, espancamentos e perseguições contra as prostitutas possuem uma dinâmica estética sui generis que se destaca na utilização dos signos de poder (armas, algemas, coturnos, cassetetes etc.) como instrumentos necessários à prática sexual violenta. É comum ouvir das trabalhadoras sexuais que os policiais as violentavam no exercício das suas funções, utilizando os seus equipamentos de trabalho. As mulheres prostitutas passaram a narrar casos em que a violência policial enunciava discursos de Estado. Os casos de violência sexual empreendida por policiais passaram a acompanhar a rotina da pesquisa. A performance erótica, o erotismo e o fetiche sexual foram os fios condutores na análise da violência policial contra as prostitutas. Estes escritos, portanto, têm por objeto as discursividades de Estado na violência policial contra prostitutas.



Resumo Inglês:

The present article thematizes the State discourse, related to gender and sexuality on the prostitution. The performativity in gender and sexuality guided the analytical efforts on the narrated cases. The rapes, beatings and prosecutions against prostitutes have a sui generis aesthetic dynamic that stands out in the use of the signs of power (weapons, handcuffs, bunnies, batons, etc.) as instruments necessary for violent sexual practice. It is common to hear from the sex workers that the police violated them in the exercise of their functions, using their work equipment. Prostitutes began to narrate cases in which the police violence pronounces state speeches. The cases of sexual violence undertaken by police began to follow the routine of the research. Erotic performance, eroticism and the sexual fetish were the guiding threads in the analysis of police violence against prostitutes. These writings, therefore, have as purpose the State discourse in the police violence against prostitutas.