O artigo apresenta uma leitura da Constituição Pastoral Gaudium et spes, acentuando a dimensão antropológico-teológica como base para a unificação da humanidade. O ConcÃlio Vaticano II foi um acontecimento que visou a toda a humanidade, partindo da verdade do ser humano como ser criado à imagem de Deus. Por isso, a absoluta afirmação de cada ser humano constitui ponto de partida para a formação do sujeito humano comprometido com a humanização inclusiva. A mundialização da época atual torna-se imperativa para essa afirmação. A atenção à interioridade, à voz da consciência, que está diante de Deus, chama o ser humano a optar pela verdade e o bem. O cultivo que cada criatura humana tem de si mesma inclui o compromisso com a fraternidade. Configura-se assim um verdadeiro kairós, que exige atitudes e decisões fundamentais para a construção de um mundo humanizado. Tais exigências abrangem os âmbitos econômico, social e polÃtico que devem ser organizados a fim de propiciar a personalização e a dedicação ao bem da famÃlia humana.