O caráter irrestrito do princípio kantiano de causalidade

Kant e-prints

Endereço:
Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência (CLE), Rua Sérgio Buarque de Holanda, Nº 251 - Cidade Universitária
Campinas / SP
13083-859
Site: https://www.cle.unicamp.br/eprints/index.php/kant-e-prints/index
Telefone: (19) 3521-6520
ISSN: 1677-163X
Editor Chefe: Daniel Omar Perez
Início Publicação: 01/01/2002
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

O caráter irrestrito do princípio kantiano de causalidade

Ano: 2015 | Volume: 10 | Número: 2
Autores: T. F. Falkenbach
Autor Correspondente: T. F. Falkenbach | [email protected]

Palavras-chave: princípio de causalidade, Kant, interpretação ontológica, universalidade irrestrita.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

No presente artigo, defenderei uma interpretação ontológicado argumento kantiano em favor do princípio de causalidade, exposto na „Segunda Analogia‟ da Experiência (Crítica da Razão Pura, A199-201/B244-6).Por interpretação ontológica, entendo uma reconstrução do argumento que procura justificar o princípio a partir de considerações sobre a realidadeou naturezado tempo, em vez de considerações sobre as relações semânticas ou epistêmicas com essa realidade. A ênfase sobre o tempo é decorrentedatese kantiana segundo a qual as analogias da experiência são regras da determinação universal do tempo. Argumentarei que a interpretação ontológica deve ser preferida às variantessemânticas ouepistemológicas, mais frequentes na literatura secundária, pois ela fornece a melhor explicação para o caráter irrestrito do princípio de causalidade.



Resumo Inglês:

In this paper, I offeran ontologicalinterpretation of Kant‟s argument for the principle of causality, as presentedin his „Second Analogy‟of Experience (Critique of Pure Reason, A199-201/B244-6). By an ontological interpretation I understand a reconstruction of the argument which tries to justify the principle by means ofconsiderations about the realityor natureof time, rather than throughconsiderations about the semantic or epistemic relations to this reality.The emphasis on time is given to Kant‟s thesis that the analogies of experience are rules of general time-determination. I shall argue that the ontological interpretation is preferable to the more usual, semantical andepistemological varieties, because it offers the best explanation for the unrestricted universality of the principle of causality.