Neste artigo são feitas reflexões sobre o caráter revolucionário do Tropicalismo,
mediadas pela constituição da gênese desse movimento cultural através das obras
“pré-tropicalistas†de Glauber Rocha, José Celso Martinez Correa e Hélio Oiticica
(produzidas em 1967), assim como, a partir da análise da lÃrica de algumas canções
tropicalistas de Caetano Veloso, Gilberto Gil e Tom Zé (de 1968 e 1969) e de
canções pós-tropicalistas de Jards Macalé e Waly Salomão (do inÃcio dos anos 70).
Deste modo, poderemos compreender a potencialidade da resistência destas
poéticas musicais como estratégias ambivalentes de mascaramento da luta e do luto
frente à situação opressora da vida nacional neste perÃodo.
This paper presents reflections on the revolutionary character of Tropicalia, mediated
by the formation of the genesis of this cultural movement through the “pretropicalistsâ€
works of Glauber Rocha, José Celso Martinez Correa and Hélio Oiticica
(produced in 1967), as well as from the analysis of the Tropicalia lyrics of Caetano
Veloso, Gilberto Gil and Tom Zé (1968 and 1969) and the post-tropicalist songs of
Jards Macalé and Waly Salomão (early '70s). Thus, we understand the capability of
resistance of these musical poetics like ambivalent strategies masking the fight and
the mourning against the oppressive situation of national life during this period.