A partir das reflexões da pesquisadora Beatriz Jaguaribe e tendo como corpus as sequências Abertura Wellington, O homem perdido e Abate do boi no matadouro, do filme Amarelo manga, este artigo visa apontar algumas das escolhas estéticas realistas que o diretor Cláudio Assis utiliza para sensibilizar o espectador, engendrando de forma estratégica elementos da linguagem cinematográfica para realçar, intensificar e exacerbar cenas da violência urbana cotidiana que, normalmente, passariam despercebidas, produzindo o que Jaguaribe nomeia como ‘choque do real’.