No artigo discuto o cinema de Divino Tserewahú, cineasta Xavante, a partir do conceito de cinema menor. O menor refere-se a um termo emprestado dos filósofos Gilles Deleuze e Felix Guattari que utilizam a expressão “literatura menor” ao analisarem a obra do escritor Franz Kafka. Menor, não por ser inferior, mas por ser feito por uma minoria na linguagem de uma maioria. Neste sentido, este cineasta indígena realiza um cinema com suas particularidades no seio de uma cinematografia dita estabelecida e que se apresenta como a expressão de um coletivo, o povo Xavante, que transformados em imagem, também representam aquilo que Divino denomina a “Cultura Xavante”.