O COMPERJ: MODELO DE DESENVOLVIMENTO HEGEMÔNICO E CONTRADIÇÕES NO ESPAÇO LOCAL (ITABORAÍ, RIO DE JANEIRO)

Revista Geografar

Endereço:
Av. Cel. Francisco H dos Santos, 100 - Centro Politécnico - Bloco 5, Sala PH17
Curitiba / PR
81531-980
Site: http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/geografar/index
Telefone: (41)3361-3450
ISSN: 1981089X
Editor Chefe: Luiz Lopes Diniz Filho
Início Publicação: 30/11/2006
Periodicidade: Bianual
Área de Estudo: Geografia

O COMPERJ: MODELO DE DESENVOLVIMENTO HEGEMÔNICO E CONTRADIÇÕES NO ESPAÇO LOCAL (ITABORAÍ, RIO DE JANEIRO)

Ano: 2010 | Volume: 5 | Número: 1
Autores: Y. dos S. Moysés
Autor Correspondente: Y. dos S. Moysés | [email protected]

Palavras-chave: COMPERJ; Área de proteção ambiental de Guapimirim; contradições; desenvolvimentos; sustentabilidades.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Esse artigo analisa o atual processo de instalação do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (COMPERJ) no Município de Itaboraí, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, afetando a Área de Proteção Ambiental de Guapimirim, sob os auspícios da contradição dos projetos de gestão dos territórios na localidade. O objeto de estudo desse trabalho é um exemplo das contradições entre os modelos de desenvolvimento socioespacial propostos por diferentes racionalidades de gestão dos territórios. O COMPERJ insere-se no território em questão trazendo consigo as concepções de desenvolvimento e sustentabilidade no seu discurso. O quê torna necessário, primeiramente, uma revisitação a esses conceitos/noções. Destaca-se nessa discussão o pensamento de autores que trazem a possibilidade de desenvolvimentos alternativos, salientando a plena participação dos indivíduos nos processos decisórios. Compreendemos que não existe apenas uma sustentabilidade e um desenvolvimento, mas sim sustentabilidades e desenvolvimentos de acordo com a cultura e a história de cada sociedade. A partir disso, uma análise crítica em relação à localização do pólo é feita, evidenciando as contradições existentes das realidades locais com o discurso do COMPERJ, já que como área submetida à legislação de Unidades de Conservação, os impactos tecnológicos do COMPERJ deverão gerar grandes danos à ordem ecossistêmica e social local. A pesquisa, dessa maneira, apontará para outras racionalidades e estratégicas que visem, principalmente, a justiça social e a qualidade de vida, questões que vêm sendo esquecidas e substituídas pelo avassalador poder da busca da eficiência econômica.