O CONCEITO DE CENTRO DE GRAVIDADE: SEU EMPREGO COMO FERRAMENTA DE PLANEJAMENTO NOS EUA E NO BRASIL

Revista Hoplos

Endereço:
Alameda Barros Terra, s/n - 2º Andar - São Domingos
Niterói / RJ
24020150
Site: http://periodicos.uff.br/hoplos/index
Telefone: (21) 2629-9961
ISSN: 2595-699x
Editor Chefe: Danilo Sorato
Início Publicação: 01/07/2017
Periodicidade: Bianual
Área de Estudo: Ciência política

O CONCEITO DE CENTRO DE GRAVIDADE: SEU EMPREGO COMO FERRAMENTA DE PLANEJAMENTO NOS EUA E NO BRASIL

Ano: 2021 | Volume: 5 | Número: 9
Autores: Ricardo Antonio Cazumba
Autor Correspondente: Ricardo Antonio Cazumba | [email protected]

Palavras-chave: clausewitz, centro de gravidade, doutrina

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo tem por objetivo apresentar como o conceito de Centro de Gravidade (CG), presente na obra Da Guerra, foi incorporado à doutrina militar brasileira, particularmente à Doutrina de Operações Conjuntas, de forma acrítica. O conceito, como é demonstrado, não sofreu o profundo debate necessário antes dessa incorporação, se convertendo em ferramenta de planejamento e empregado em situações operacionais totalmente descoladas de sua destinação original. Para atender esse objetivo, no artigo analisam-se referências originais contidas na obra, buscandose caracterizar como o autor entendia o conceito e os seus limites. Desenvolve-se, também, um esforço de reconstrução do contexto histórico e social em que o conceito de CG passou a atrair a atenção das forças armadas dos Estados Unidos. No texto são presentadas as principais tentativas de operacionalização do conceito, indicando-se as concordâncias entre os principais autores e as divergências. O artigo atenta para as consequências do consumo acrítico e descontextualizado de ideias e conceitos militares do centro internacional por países detentores de experiências totalmente distintas.



Resumo Inglês:

The article aims to present how the concept of Center of Gravity (CG), present in the work Da Guerra, was incorporated into the Brazilian military doctrine, particularly into the Doctrine of Joint Operations in an uncritical way. The concept, as shown, did not undergo the necessary in-depth debate prior to its incorporation, becoming a planning tool in operational situations totally detached from its original destination. To meet this objective, the article analyzes original references contained in the work, seeking to characterize how the author understood the concept. An effort is also being made to reconstruct the historical and social con text in which the concept of CG started to attract the attention of the US armed forces. The text presents the main attempts to operationalize the concept, indicating the agreements between the main authors and the divergences. The article pays attention to the consequences of the uncritical and decontextualized consumption of military ideas and concepts from the international center by countries with totally different experiences.