O contexto da publicação e o prefácio de "Ressurreição": Machado de Assis e os cavaleiros da causa nacional e da ordem romântica

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Editor Chefe: Comissão Editorial
Início Publicação: 31/12/2009
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Letras

O contexto da publicação e o prefácio de "Ressurreição": Machado de Assis e os cavaleiros da causa nacional e da ordem romântica

Ano: 2015 | Volume: 1 | Número: 6
Autores: Vagner Leite Rangel
Autor Correspondente: V. L. Rangel | [email protected]

Palavras-chave: século XIX, Brasil, romantismo, Machado de Assis, Ressurreição, nineteenth century; romantism

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A partir da trajetória de Machado de Assis, considerando suas tomadas de posição e o contexto de Ressurreição, apresento uma leitura sincrônica da primeira advertência à Ressurreição, explorando o romance também, mas brevemente. O objetivo primário é mostrar o anúncio de adequação feito por Machado no prefácio desse romance às exigências de Quintino Bocaiúva, em 1863, quando este, então preceptor do teatro realista, criticava Machado por não partilhar a causa nacional do Romantismo brasileiro: a formação moral do leitor. Ao dialogar com seus pares, Machado apresenta seu romance, então, conforme a crítica de Bocaiúva, aliás, o paradigma validado pela teoria do Romantismo brasileiro. Observarei como Machado configura o diálogo com o crítico de 1863, com o contexto de 1872, ano de publicação de Ressurreição, e como este romance responde às exigências quintiniana de 1863. Hipótese: a presença da fábula de Esopo subsidia a pressuposição de que Ressurreição acomoda-se à ordem romântica e segue o conselho de um dos cavaleiros da causa nacional: Quintino Bocaiúva.



Resumo Inglês:

I present a synchronic reading of the first prologue of Resurrection and I also briefly explore the novel by taking into consideration Machado de Assis’ literary path, his positioning and the novel’s context. The main goal is to show how Machado de Assis states in the prologue that he adapted to Quintino Bocaiúva’s requirements from 1863, when the latter was then a preceptor of the Realist theatre and criticized Machado for not taking part in the national cause of Brazilian Romanticism: that of the moral formation of the reader. Machado relates to the other writers, then presenting his novel according to Bocaiúva’s critique, which is, by the way, a paradigm validated by Brazilian Romanticism theory. I observe how Machado in the 1872 context enters in a dialogue with the 1863 critic and how the novel answers to Bocaiúva’s demands. Hypothesis: the presence of an Aesop’s fable sustains the idea that the novel conforms to the Romantic order and follows one of national cause knights, Quintino Bocaiúva.