No candomblé, religião com grande influência da herança do continente africano, a tradição oral esteve presente desde os primórdios da sua criação e é latente até a atualidade. Contrastando com a oralidade, encontra-se nos espaços religiosos e utilizados por seus adeptos os cadernos de fundamentos, objetos de estudo deste artigo, onde são analisadas seus usos e particularidades. Ao abordar as etnografias, Araújo e Lima (2018), Castillo (2010) foram cruciais para definir e conceituar a respeito dos registros da religião afro-brasileira. O ponto de início foi pesquisar a memória dos grupos religiosos, como as tradições orais e escritas e, posteriormente, analisar o contexto histórico do culto brasileiro, em particular no Rio de Janeiro. O cerne da pesquisa estava em abordar o uso e a produção destes documentos no contexto da Ciência da Informação. A metodologia qualitativa foi utilizada pelo uso de fontes bibliográficas. Conclui-se que a utilização de registros escritos, aliados à oralidade, fazem parte da história da religião, na qual o fator oralidade sempre será o mais importante.