Este artigo propõe pensar o corpo como lugar central do processo de Educação Ambiental. O corpo é o lugar onde a transcendência do sujeito articula-se com o mundo (GONÇALVES, 2001). Negar o corpo é, também, negar a experiência (GRÜN, 2008). Para retomar a importância do corpo na Educação Ambiental, este trabalho debruça-se sobre a compreensão de experiência proposta por Larrosa (2002; 2014), que propõe pensá-la como o que se adquire no modo como alguém vai respondendo ao que vai lhe acontecendo ao longo da vida e no modo como damos sentido ao acontecer do que nos acontece. Entender a relação do corpo com o mundo vivido (MERLEAU-PONTY, 1999) e como lugar onde a Educação Ambiental pode alojarse, desenvolver-se e frutificar é o caminho sugerido para a ressignificação da relação do homem consigo, com o outro e com o ambiente.
In this article we propose to think of the body as the core place in the Environmental Education process. The body is where the individual‟s transcendence links with the world (GONÇALVES, 2001). To deny the body is to also deny the experience (GRÜN, 2008). In order to resume the importance of the body in Environmental Education, this paper ponders over the understanding of experience proposed by Larrosa (2002;2014), who proposes to think about it as being what is acquired throughout life and the way we make sense of happenings that take place around us. Understanding the relation of the body with the world being experienced (MERLEAUPONTY, 1999) and as the place where Environmental Education may shelter, develop and yield fruits is the path suggested for a re-significance of the relation between humans and themselves, others, and the environment.