Neste ensaio me proponho a analisar o corpo do brigante como um artefato da cultura visual do século XIX, um produto de grande sucesso, que colocou em cena as razões do fascÃnio contrapostas à quelas que no mesmo perÃodo decretavam o extermÃnio dos briganti, formas de ilegalidade social bastante radicadas na Itália pré-unitária. Interessa-me colher traços impressos nas vestimentas e nas posturas da representação do brigante, as lógicas internas aos principais contextos culturais que inventaram e alimentaram o brigantaggio como fenômeno unitário, evocando a dinâmica histórica e a ressonância cultural, a mutação da cena artÃstica, e mais recentemente as polÃticas locais de patrimonialização. Uma reconstrução que assume primeiramente os textos narrativos e depois as gravuras e as pinturas a óleo, como etnografias visÃ- veis, ou seja, documentos capazes de revelar, se interrogados, pertinentes e densos contextos artÃsticos e populares
In this paper I analyze the body of the brigante as an artifact of visual culture of the 19th century, a highly successful product that staged the reasons for fascination in contrast with those that, in the same period of time, imposed the extermination of the briganti, forms of social unlawfulness whose roots were rather to be found in pre-Unitarian Italy. I am interested in highlighting traces printed on brigantes’ representation clothes and postures, internal logics of the main cultural contexts that invented and nurtured the brigantaggio as a Unitarian phenomenon, evoking the historical dynamics and the cultural resonance, the mutation of the artistic scene, and, more recently, local patrimonialization policies. This is a reconstruction that assumes first narrative texts then engravings and oil paintings as visible ethnographies, i.e., as documents that, when questioned, can reveal relevant and dense artistic and popular contexts.