Reflexão sobre a inserção das atividades jornalÃsticas no
cotidiano social, o que à primeira vista pode parecer escrever sobre o
óbvio, afinal, a narrativa jornalÃstica não é, para muitos estudiosos, senão
uma espécie de “crônica do cotidianoâ€. No mÃnimo, é o cotidiano, com
seus múltiplos acontecimentos, a matéria-prima essencial ao trabalho do
jornalista. Nele é que se desenrolam os fatos que se transformarão nas
informações que alimentarão os indivÃduos em suas tomadas de decisão e
em diversas modalidades de conhecimento da realidade que os rodeia.
Não estamos, portanto, pensando o cotidiano apenas como o espaço dos
eventos noticiáveis, mas como um “objeto de análise†a partir do qual nos
seja possÃvel lançar algumas luzes sobre a atividade jornalÃstica. O
cotidiano será tomado, assim, como o cenário em que se desenvolvem as
ações humano-sociais, espaço de conflitos, de jogos de interesses, de
encontros, de desencontros, de alianças e de rupturas, que são,
potencialmente, a referência para a construção das narrativas
jornalÃsticas.