O culto e o cultivo da misericórdia: a partir da pessoa e da práxis de Jesus de Nazaré

Atualidade Teológica

Endereço:
Rua Marquês de São Vicente, 225 - Departamento de Teologia - PUC-Rio - Gávea
Rio de Janeiro / RJ
22451-900
Site: http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/rev_ateo.php?strSecao=INDEX
Telefone: (21) 3527-1974
ISSN: 16763742
Editor Chefe: André Luiz Rodrigues da Silva
Início Publicação: 30/11/1997
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Teologia

O culto e o cultivo da misericórdia: a partir da pessoa e da práxis de Jesus de Nazaré

Ano: 2017 | Volume: 21 | Número: 56
Autores: V. G. Feller
Autor Correspondente: V. G. Feller | [email protected]

Palavras-chave: Misericórdia, Justiça, Culto cristão, Jesus de Nazaré.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo oferece pistas para continuar a praticar a misericórdia, como foi proposto pelo papa Francisco no Ano da Misericórdia, resgatando-a como o verdadeiro culto ao Pai, ensinado e praticado por Jesus de Nazaré. Examina a relação entre justiça e misericórdia, demonstrando que os últimos papas vêm propondo a misericórdia como um passo além da justiça. A misericórdia é o máximo que o ser humano pode praticar, porque por ela acontece a doação do que é meu e até de minha vida pelo bem do próximo. Apresenta a pessoa e a práxis de Jesus, mostrando que tudo
nele transbordava misericórdia. Nesse sentido, importa voltar à proposta jesuânica da misericórdia como novo culto, que supera a justiça dos fariseus. A misericórdia que Jesus realiza é um ato de obediência à vontade
de Deus, é o verdadeiro culto que agrada a Deus. Daí a necessidade de fazer da misericórdia o princípio gerador da vida eclesial e social. A misericórdia supõe e supera a justiça, e, destarte, entra nesse mundo que lhe parece tão refratário, fermentando-o com uma nova proposta ética. Mas a misericórdia também vem antes da justiça, enquanto em sua singeleza e sua parcialidade, enfrenta as ideologias e idolatrias que dominam a atualidade.



Resumo Inglês:

The article proposes keys to go ahead practicing mercy, as proposed by Pope Francis in the Year of Mercy, presenting it as the true worship to the Father, as taught and practiced by Jesus of Nazareth. It goes through
the relationship between justice and mercy, and reveals that the last popes proposed mercy as the further step of justice. Mercy is the maximum that the human being can practice, because the donation of what is mine and even my
life in favor of others becomes real when there is mercy. It underlines that in the person and the praxis of Jesus, everything in Him was full of mercy. Indeed, it is important to return to the proposal of Jesus’ mercy as the new worship, which exceeds the justice of the Pharisees. The mercy fulfi lled by Jesus is an act of obedience to the will of God, and the true worship that pleases Him. Hence it is of great signifi cance to have the Mercy as the generative principle of ecclesial and social life. Mercy supposes and surpasses justice, and thus, it
enters into this world, that seems so resistant, fermenting it with a new ethical proposal. But mercy also comes before justice, while in its simplicity and partiality, it faces the ideologies and idolatries that dominate our present time.