Entre os analistas das sociedades contemporâneas há várias tentativas de captar o que especifica a vida societária atual. Neste horizonte há um fenômeno que desconcerta a muitos, e, contudo, é essencial para entender a sociedade hoje: o papel que os movimentos religiosos nela exercem. Muitos, no passado, consideraram o avanço da civilização técnico-cientÃfica como fator do desaparecimento inevitável das religiões: a ciência racional e sua técnica atribuÃram-se competência em tudo, para a natureza e para o sujeito, para a configuração das formas de convivência social. O que se situava fora desta racionalidade não contava e não tinha importância na vida humana. A religião foi então situada na esfera do mito, do primitivo, do atrasado e infantil.