O presente artigo objetiva discutir teoricamente o sujeito na modernidade enfocando o desamparo como condição. Está dividido em duas partes, sendo que a primeira apresenta as principais caracterÃsticas do contexto na modernidade, e a segunda aborda o desamparo e seu desenvolvimento teórico na teoria psicanalÃtica privilegiando Freud. Assim o desamparo é discutido a partir de duas dimensões, sendo a primeira a dimensão erótica e sexual, que tem como protótipo o nascimento, com um excesso de tensão impossÃvel de simbolizar e vivido no real do corpo; a segunda dimensão da renúncia pulsional, ligada ao processo civilizatório e o mal estar decorrente da impossibilidade de satisfação pulsional, tornando o sujeito moderno duplamente desamparado.