Entre Simone Weil (SW) e Blaise Pascal (BP) há muito em comum. Ambos são filósofos, pensadores brilhantes. Ambos fizeram uma profunda experiência de Deus, que determinou seu itinerário vital e teve impacto igualmente em seu pensar. São dois intelectuais e ao mesmo tempo dois místicos. Dois pensadores e ao mesmo tempo e inseparavelmente, duas testemunhas. Nossa intenção neste artigo será procurar mostrar como a experiência intelectual e a experiência mística em um e em outra, longe de excluir-se, interrogam-se mutuamente e acabam por fecundar-se em reciprocidade. É esta experiência que leva ambos a ir além da metafísica e da onto-teologia em sua reflexão sobre Deus. Igualmente procuraremos valorizar algumas diferenças e convergências existentes entre os dois pensadores no que concerne sua experiência e pensar sobre Deus e sua relação com a Bíblia e a Igreja.