O dever indireto de promover a felicidade pessoal em Kant

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ISSN: 1031457
Editor Chefe: Everaldo Cescon
Início Publicação: 31/12/2001
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Educação

O dever indireto de promover a felicidade pessoal em Kant

Ano: 2011 | Volume: 16 | Número: 3
Autores: Édison Martinho Difante
Autor Correspondente: Édison Martinho Difante | [email protected]

Palavras-chave: Deveres diretos. Deveres indiretos. Deveres de virtude. Felicidade. Moralidade.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente artigo tem por objetivo destacar a importância da
felicidade dentro do sistema moral kantiano, mesmo que ela esteja baseada
nos sentimentos de prazer e desprazer, ou seja, proveniente da ordem empírica.
Para isso, faz-se necessário diferenciar deveres diretos de deveres indiretos,
ou seja, os primeiros como deveres perfeitos que são obrigatórios e necessários,
e os últimos como imperfeitos, que dizem respeito simplesmente àquilo que
é bom que se faça, por isso são altamente recomendáveis. Os deveres indiretos
ou imperfeitos, que nada mais são do que deveres de virtude, somente tendem
a acrescentar à qualificação moral. O dever indireto de promover a felicidade
coloca-se, na filosofia prática de Kant, como um meio para a moralidade,
visto que a falta de felicidade pode apresentar-se como um obstáculo à
prática moral e não o contrário.



Resumo Inglês:

This article aims to highlight the importance of happiness in Kant’s
moral system, even though it is based on pleasant and unpleasant feelings, id
est, empirically originated sentiments. In order to achieve this, it is necessary
to, distinguish between direct and indirect duties, that is, the former as
perfect duties that are required and necessary, and the latter as imperfect,
which is simply related to what is good to do, thus highly recommended. The
indirect or imperfect duties, which are nothing more than the duties of
virtue, only tended to add to the moral qualification. The indirect duty that
promotes happiness is found in the practical philosophy of Kant, as a way to
morality, since the lack of happiness can present itself as an obstacle to moral
practice, not the opposite.