Este artigo foi elaborado a partir do projeto de tradução desenvolvido durante os dois primeiros anos de estágio pós-doutoral no Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução da
Universidade Federal do Ceará cuja proposta é a tradução comentada e anotada do diário íntimo de Gilberto Freyre intitulado Tempo morto e outros tempos: trechos de um diário de adolescência
e primeira mocidade (1915-1930), publicado pelo próprio autor em 1975. O objetivo desse trabalho é de apresentar ao público algumas das refl exões desenvolvidas e das soluções tomadas durante a tradução de termos da língua brasileira mais ligados à cultura e ao folclore nordestino e nacional. Depois de uma breve contextualização da obra apresentarei e comentarei alguns exemplos, entre os mais signifi cativos, das estratégias aplicadas à minha proposta de tradução para o público italiano, graças à utilização da ferramenta paratextual (TORRES, 2011) e com o apoio dos teóricos dos Estudos da Tradução que mais enfatizam, bem como valorizam, os aspectos culturais envolvidos na tarefa tradutória (BASSNETT; LEFEVERE, 1990).