O Diabo da Igreja no Juízo Final, no Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente
Guavira Letras
O Diabo da Igreja no Juízo Final, no Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente
Autor Correspondente: E. B. da Silva, A. L. A. de Souza | [email protected]
Palavras-chave: Auto de Moralidade, diabo, igreja, inferno, Idade Média
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
Este trabalho analisa a figura do Diabo no Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, apresentando aspectos históricos e teológicos que contribuem para a construção e caracterização do perfil pavoroso do mal na obra, seu protagonismo como instrumento da Igreja na cena do Juízo Final, destacando interesses ideológicos subjacentes aos pecados condenatórios representados pela alegoria das personagens típicas. Trata-se de hermenêutica literária apoiada em aportes conceituais e históricos de Ricoeur, Delumeau, Le Goff, Cohn, Russel, Minois. Pode-se dizer que o Diabo do auto vicentino traduz teologicamente as conveniências históricas da Igreja e atua a seu serviço.
Resumo Inglês:
This work analyses the character of the Devil in the work Auto da barca do Inferno, by Gil Vicente. It presents historical and theological aspects that contribute to the construction and characterization of the awful profile of the evil in the narrative. The Devil’s protagonism as tool of the Church during the moment of the Final Judgment highlights ideological interests that base the damning sins represented by the allegory of the usual characters. It is the literary hermeneutic based on conceptual and historical contributions of Ricoeur, Delumeau, Le Goff, Cohn, Russel, Minois. It is possible to affirm that the Devil of Vicente’s work theologically translates the historical conveniences of the Church and acts at its service.
Resumo Espanhol:
Este trabajo analiza la figura del Diablo en Auto da barca do Inferno, de Gil Vicente. Presenta aspectos históricos y teológicos que contribuyen para la construcción y caracterización de un perfil pavoroso del mal dentro de la obra. El protagonismo del Diablo como instrumento de la Iglesia en la escena del Juicio Final destaca intereses ideológicos subyacentes a los pecados condenatorios presentados por las alegorías de los personajes típicos. Se trata de una hermenéutica literaria apoyada en aportes conceptuales e históricos de Ricoeur, Delumeau, Le Goff, Cohn, Russel, Minois. Se puede decir que el Diablo del auto vicentino traduce teológicamente las conveniencias históricas de la Iglesia y actúa a su servicio.
