O dicionário como observatório da subjetividade no final do século XIX: na província, no campo, na cidade

Línguas e Instrumentos Linguísticos

Endereço:
Rua Sérgio Buarque de Holanda - 421 - Cidade Universitária
Campinas / SP
13083-859
Site: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/lil
Telefone: (19) 3521-6729
ISSN: 2674-7375
Editor Chefe: Greciely Cristina da Costa
Início Publicação: 30/06/1998
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Linguística

O dicionário como observatório da subjetividade no final do século XIX: na província, no campo, na cidade

Ano: 2021 | Volume: 24 | Número: 47
Autores: Nunes, José Horta
Autor Correspondente: Nunes, José Horta | [email protected]

Palavras-chave: Dicionario, Subjetividade, Discurso

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Neste artigo aborda-se o dicionário como um observatório da subjetividade. É analisado o Dicionário de Vocábulos Brasileiros, de Beaurepaire Rohan, publicado em 1889, prestes à implantação da República no Brasil. São discutidas questões teóricas e metodológicas sobre discurso lexicográfico, montagem de corpus e funcionamento linguístico-discursivo de definições lexicográficas. Montaram-se quatro séries de nomes de sujeitos: a) provincianos, exploradores, líderes; b) ocupações, profissões, proprietariado; c) raças e mestiçagem; d) sujeitos que falham. Consideraram-se relações com espacialidades territoriais (província, campo, espaço urbano e outros). Mostra-se que os sentidos atribuídos aos sujeitos funcionam na contradição entre discursos de organização do território e outros que destes são distanciados.



Resumo Inglês:

This article approaches the dictionary as an observatory of subjectivity. O Dicionário de Vocábulos Brasileiros, by Beaurepaire Rohan, published in 1889, near the establishment of the Republic in Brazil, is analyzed. Theoretical and methodological issues about lexicographical discourse, corpus assembly and linguistic-discursive functioning of lexicographical definitions are discussed. Four series of subject names were assembled: a) provincials, explorers, leaders; b) occupations, professions, owners; c) races and miscegenation; d) subjects who fail. Relationships with territorial spatialities (province, countryside, urban space and others) were considered. It is shown that the meanings attributed to the subjects are affected by a contradiction between organization discourses and others that are distanced from them.