Este artigo pretende, primeiramente, voltar-se para a última parte do poema de Parmênides que ficou ao longo de séculos relegada ao âmbito do não-ser, da aparência ou da falta de verdade. Este discurso trata da dóxa dos mortais e apresenta os elementos que formam a cosmologia. Nosso objetivo é pensar a dóxa de maneira positiva, constituindo-se como a maneira própria de falar daquilo que está sujeito ao devir, a saber, o sol, a lua, as estrelas, a Via Láctea, o homem. Em um segundo momento, vamos pensar não só a presença e a função de Éros no cosmos construído pelo pensamento de Parmênides mas também sua importância para o homem.