O cinema, em especial o documentário, tem conquistado espaço significativo no campo educacional, sendo reconhecido como um instrumento pedagógico capaz de promover aprendizagens significativas, estimular reflexões críticas e fomentar processos emancipatórios. Desde as primeiras iniciativas de cinema educativo no Brasil, como as produções realizadas por Humberto Mauro no Instituto Nacional de Cinema Educativo (INCE) na década de 1930 (PAULILO; TREVISAN, 2023), até as experiências contemporâneas de produção audiovisual desenvolvidas por crianças, adolescentes e jovens em ambientes escolares (SILVA, 2022; FERREIRA, 2020), o documentário consolida-se como um recurso pedagógico versátil e potente para articular saberes científicos, culturais e sociais. Este artigo busca analisar as potencialidades educativas do documentário, destacando seu papel na promoção de uma educação crítica e dialógica. A investigação apoia-se em referenciais teóricos que incluem a Pedagogia Libertadora de Paulo Freire e a Teoria da Aprendizagem Significativa de Ausubel, articulando-as às práticas educomunicativas contemporâneas. Conclui-se que o documentário, enquanto ferramenta de leitura crítica e produção de narrativas, potencializa a ação pedagógica na sala de aula.